Planejamento sucessório é tema do primeiro painel do 20º Simpósio Regional AASP
O 20º Simpósio Regional AASP teve início nesta sexta-feira (18/11). O primeiro painel do dia foi aberto pela coordenadora da Certificação em Direito e Family Business do Insper, Roberta Nioac Prado, e pela advogada e ex-presidente da AASP, Viviane Girardi. O ex-presidente da AASP, Renato Cury, moderou os debates.
Em sua
fala, Renato Cury recordou sobre os desafios e a intensa procura de informações
da comunidade jurídica sobre o planejamento sucessório, principalmente durante
o primeiro ano de pandemia.
Planejamento Sucessório no âmbito da
governança corporativa e familiar.
Durante sua exposição, a advogada Roberta Nioac Prado abordou
pilares relacionados ao âmbito da governança corporativa e familiar e das
dificuldades de as empresas familiares lidarem com o tema, além de inovações
incorporadas a partir da Lei das S/A simplificadas (Lei complementar nº 182/21),
Lei nº 14.195/2, que cria voto plural nas S/A, e ainda a Lei nº 14 451/21, que
altera os quóruns nas Sociedades Ltdas.
“É
necessário urbanidade, respeito e empatia com ideias diferentes em uma empresa
familiar para que o planejamento sucessório seja feito da melhor forma”,
afirmou.
O Planejamento Sucessório no Código Civil,
que faz 20 anos
“Precisamos
lidar com a ideia de morte com valores emocionais e enxergar a transmissão
patrimonial com a atenção que as famílias necessitam”, afirmou a ex-presidente
da AASP durante sua fala ao comentar a evolução do tema nos 20 anos do Código
Civil.
A advogada
citou os impactos causados pela pandemia e a alta procura aos escritórios de
advocacia nesse período, que precisaram lidar com a falta de previsibilidade,
doações e dúvidas sobre testamentos de famílias.
Girardi
trouxe ainda os instrumentos necessários para a realização do planejamento
sucessório e comentou sobre mitos mais comuns envolvendo o assunto, como o de
que o planejamento sucessório deve ser pensado apenas para grandes fortunas e
de que uma blindagem patrimonial deveria ser realizada.
“Muito
pelo contrário, o planejamento deve ser feito com total transparência pelos
envolvidos a fim de evitar ser questionado judicialmente como muitas vezes
acaba ocorrendo”, concluiu.
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20º Simpósio Regional da AASP.