O Teletrabalho e robotização do Direito do Trabalho são discutidos no 5º painel do simpósio regional AASP

O Teletrabalho e robotização do Direito do Trabalho encerrou o dia de debates e aprendizados do 20º Simpósio Regional AASP, nesta sexta-feira (18/11). Sob mediação do conselheiro da Associação Heitor Cornachioni, as desembargadoras da Justiça Trabalhista Regina Dubugras e Fátima Zanetti compartilharam suas visões acerca do controle do tempo no teletrabalho respectivamente e a robotização do Direito do Trabalho.

Em sua fala, Cornachioni destacou as mudanças na realidade do trabalho a partir do massivo uso dos meios tecnológicos provenientes da quarta revolução industrial e pela necessidade de adaptação ocasionada pela pandemia e consequente distanciamento social.

Controle do tempo no teletrabalho

Uma das grandes mudanças presenciadas no mercado de trabalho nos últimos tempos foi o aumento de empresas que aderiram ao teletrabalho, lançando ao centro das discussões legais os direitos de colaboradores e de empregadores nesse modo.

 

“Quando o assunto é o Direito do Trabalho, muitos são os obstáculos a serem superados para que exista uma melhora compatibilidade entre o mundo virtual e a devida regulamentação legal e uma delas é o controle do tempo”, frisou Dubugras.

Segundo a palestrante, ainda existe uma ideia equivocada aplicada em muitas empresas: a de que todo colaborador remoto, que não tem a obrigação de cumprir uma jornada de trabalho na sede da empresa, tenha a sua produtividade comprometida quando comparado a um colaborador da modalidade presencial.

Para ela, o controle de tempo não deve ser medido por ser algo abstrato e sugere alternativas criativas e justas para que o nível de entrega e remuneração sejam compatíveis com a realidade.

 

Robotização do Direito do Trabalho

O mundo movido pela tecnologia e inovação em que vivemos é repleto de novidades, mas também de desafios. Em sua exposição, a desembargadora Fátima Zanetti lembrou que as tendências contemporâneas aumentem a produtividade e melhorem a nossa vida e levantou o debate dos impactos da substituição da mão de obra humana ser substituída por atendimentos robotizados. 

Zanetti citou durante sua apresentação recente estudo do McKinsey Global Institute, que avalia o número e os tipos de empregos que poderão ser criados em diferentes cenários até 2030 e os compara com os postos de trabalho que poderão desaparecer em virtude da automação.

“A robotização do trabalho eleva a produtividade, mas precisamos ter sempre em mente que muitos trabalhadores precisarão aprimorar habilidade ou tenham de mudar de ocupação. E a justiça do trabalho terá que acompanhar a velocidade dessas mudanças”, concluiu. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *